domingo, 30 de dezembro de 2007

para o ano que virá

para o ano que virá, como se eu pudesse pegá-lo pela mão. e nós caminhamos juntos. para o ano que virá, como se fosse meu filho. e eu digo a ele que será bom, e forte, e que vai errar algumas vezes, que elas serão muitas, e difíceis. que haverá dias de rir muito, e dias de querer dormir. haverá os dias de ter sono, os dias de não querer acordar, os dias de acordar sem querer, no meio da noite, por medo ou por vontade de viver mais um pouco. ao 2008, que já nasceu, eu sorrio explicando que novas pessoas virão, mas que eu não sei ainda quem elas são. se boas ou ruins, ele pergunta, e eu respondo que as pessoas são ruins e boas ao mesmo tempo, o tempo todo, mas ele não entende. 2008 quer ser apenas a verdade, mas a verdade é o que 2008 será todos os dias, na contemporaneidade de si mesmo. e na contemporaneidade de si mesmo não há futuro, nem há passado, porque ele só existe naquilo que é sendo. então 2008 sorri de volta, entendendo sem entender; 2008 que já existe, que ainda nem nasceu; esse 2008 que sou eu e mais os meus sonhos; esse 2008 que é agora o meu filho mais querido.

3 comentários:

juju disse...

linda mari obrigada pelas palavras, que venha tudo o que a gente pode ser beijo da juju

Rita Loiola disse...

ei, contemporaneidade do ser... vai ser tudo tão bom que ninguém nem vai acreditar. palavra, meu bem, palavra. beijim e saudades toujours

Ju disse...

nossa... te imagino dando de mamar e ninando o menino Doismileoito. que linda! linda na pureza das palavras e das imagens, reflexo de tua alma e tuas vivências. amo vc, amiga linda. tudo de bom para esse menino que chegou para ti e para mim e para todos... que venha cheio de saúde para dar conta de tantas expectativas, guiado pela mão materna de teus sonhos.
beijos.