segunda-feira, 16 de abril de 2007

Sunday night

É domingo à noite, e talvez seja mesmo por isso. Ou pelo fim de semana de ficar na cama o dia inteiro, sem querer sair. Mas o que acontece é que hoje à noite resolvi me perguntar a questão óbvia do que inferno é isso de sempre querer as pessoas que vão embora, esta história de filme repetido sei lá quantas vezes de conhecer, gostar e imediatamente receber a notícia inevitável (com as variações caso a caso, lógico) do "estou indo embora de mudança, portanto a gente". Às vezes - e na verdade muitas vezes -, o sujeito pula a segunda parte, como se eu tivesse: 1. que supor a existência dela; 2. que imaginar a resposta e dar uma solução para o problema; 3. que me conformar com uma decisão que já foi tomada a priori, sem que minha opinião fosse consultada.
Como eu sou do tipo pode-deixar-que-eu-dou-conta-de-tudo, minha reação é normalmente a 2, mas dado o tanto de vezes que isto tem acontecido, também já encarei algumas vezes as outras duas. Claro, você vai embora e eu não vou te pedir nada, mas como pra mim é importante, então tá, deixa que do lado de cá eu dou jeito de me desdobrar em duzentos pedaços pra você não ter que se desdobrar em nenhum (os homens covardões+as mulheres resignadas).
Então acontece que da última vez eu passei da conta. E eu já não consigo nem dizer pra mim que nada acontece, nem decidir pelo medroso, nem aceitar as condições que você joga pra cima de mim. Eu simplesmente finjo que não é comigo, que na verdade eu não estou gostando, mesmo; que eu sei exatamente que daqui a duas semanas acabou, sem vestígios ruins, só com a memória das coisas boas - quem sabe a gente não fica super amigo? -; que eu sou fodaça o suficiente pra let it go, que eu estou completamente preparada.
Enquanto isso as semanas vão sendo cheias de coisas fofinhas dá vontade de o final de semana durar 10 dias. Fuck. Esperando as postagens que vão vir depois de 03 de maio.

Um comentário:

Rita Loiola disse...

Mari, vc tem um blogue!!! Que bom ver suas palavras sonolentas aqui! E... as pessoas que se vão, se vão porque procuramos pessoas idas, né?