finalmente consegui assistir "flores partidas", do jim jarmusch. eu sou do tipo que ama muito ghost dog e dead man, então estava quase maluca porque não tinha conseguido ver o último dele. aí, na quinta à noite, decidi que não dava mais, e era uma da manhã quando pus o filme.
começou, terminou e eu fiquei em estado de choque pelas duas horas. não conseguia deligar: os créditos passavam e eu pensando: "caralho, que é que tá acontecendo? como assim?"
filme triste da porra, inacreditável, o jim jarmusch é de uma sensibilidade monótona e ao mesmo tempo escrachada. acho que por isso fiquei achando tudo tão estranho: pra mim nada pode ser mais horripilante do que a preguiça de querer gostar das coisas bestas ou de ter medo de tentar o que aparentemente esteja fora do controle. é tão triste que chega ao ponto de ser ridículo.
acordar, trabalhar, dormir. parece que a cara da gente fica mole e amarela.
eu tenho medo de ficar parecida, mas também tenho medo de virar uma criatura que aaaammmaaa muuuiiiito e que não para de falar. o equilíbrio delicado de ter paciência e ao mesmo tempo ser angustiada. acho que eu tenho que voltar a ver os filmes do kieslowski.
p.s. enquanto isso, a folha noticia que o wong kar-wai está rodando um filme novo, em inglês e com a norah jones como protagonista (hã?). tudo pra ser esdrúxulo, mas como é dele e a fotografia é do chrystopher doyle, pronta pra passar duas horas feliz e mais uma semana besta-quadrada de tanta coisa linda. eu fico desesperadamente apaixonada por ele existir.
sábado, 21 de abril de 2007
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