sexta-feira, 11 de maio de 2007

Natação, meu amor eterno

Faço uma declaração a este esporte evoluído e lindo, a natação. Porque hoje eu fui pro boxe, depois de umas boas duas semanas sem nadar, e olhei a piscina. E vi pessoas lindas, gordinhas e magrinhas, todas felizes e dando braçadas, e senti o fedor-maravilhas do cloro horrendo, e era sol do meio-dia, e vi meus queridos professores apitando pros alunos nadarem mais rápido, todo mundo desesperado nadando crawl, e imediatamente pensei: "fodam-se as luvinhas cor-de-rosa".
E fui nadar.
E ninguém fica se olhando como na academia.
E tem mulheres com pança. E homens branquelos. E ninguém se importa, porque nadar é muito mais legal do que a barriga ou a marquinha de biquini do vizinho.
Abandonei o boxe, olhei pro meu ombro esquerdo, todo estragado, e pedi peloamordedeus pra ele funcionar. Entrei na piscina, nadei 40 minutos e lembrei porque é que eu imagino que quando eu morrer a luz pra ir pro céu vai vir de uma piscina que não termina nunca.

4 comentários:

Rita Loiola disse...

He. Quero amar alguma coisa assim, pode?

sobrefulanos disse...

lindo!

Rafael Ferrari disse...

Meu! que bunitinho! ler esse texto foi a mesma coisa de imaginar vc falando!!!

nicole lima disse...

voltamos juntas para a natação. segunda eu nadei 1700m.
leio seus posts e sempre penso que talvez todas essas pessoas nos cerquem pra que um dia de fato estejamos ao mesmo tempo em algum banquinho de praça no hide park, quando faremos finalmente a pergunta: "você nao é a...?"
e aí nao diremos nada, riremos a toa por alguns minutos e depois, ainda sem dizer palavra, tomaremos juntas um café (você com leite, eu sem açucar).