No domingo à noite, vencidas as controvérsias e terminada a faxina necessária para que eu receba Fabro, o rei das havaianas verdes, que chega amanhã, as conclusões sobre a semana que passou são as seguintes:
1. fazer aniversário em direção aos trinta é menos indolor do que parece, e tirando aqui e pondo ali, ficar mais velha é ficar mais nostálgica e com saudades dos meus amigos espalhados pelo mundo. No que é bom, o tempo passou, passa, e eles continuam queridos e amigos, e eu fico feliz que eles existam, me visitem ou escrevam, e persistam tomando cerveja gelada comigo - mesmo que em planos ideais- nos botecos mais ordinários e baratos que já foram inventados;
2. não interessa que agora eu tenha vinte e sete: eu continuo ouvindo estas malditas músicas melancólicas;
3. mesmo sem conhecer o Rio, a cidade me dá ciúme: por que todo mundo vai pra lá e não quer mais sair? Meus amigos todos estão picando a mula pra lá. Hoje foi-se Rodrigo girafo pegar uma praia, amanhã chega Fabro bronzeado passar uns dias por aqui e na quarta volta. Eu queria que Brasília tivesse praia pra todo mundo que eu gosto ficar perto de mim;
4. no balanço típico de aniversário, percebi que este último ano foi muito feliz. Se mexer um pouquinho - tá, um pouquinho pode -, estraga. No balanço aniversário-2007, minha vontade é de esmagar o mundo e beijar os transeuntes desconhecidos. Só faltou mamãe e papai (que esnobemente passam férias na Tunísia, podres de chiques), Xexéu e Campos, o cachorro evoluído.
Queridos, eu vos considero pra caralho, mesmo sendo domingo.